O papel da lusofonia como espaço estratégico de intervenção foi reconhecido pela direcção da CISAC durante os trabalhos do seu Comité Africano realizado em Windhoek, Namíbia, nos dias 20 e 21 deste mês, com a presença da SPA e com aplauso para as iniciativas e projectos da nossa cooperativa.
A directora-geral da SPA, Paula Martins da Cunha, foi convidada a intervir, logo no dia 19 de Julho, no Comité Executivo, órgão de direcção do Comité Africano, para apresentar os principais projectos da SPA, designadamente no âmbito da Lusofonia. A presidente do Comité Africano, Irène Vieira, referiu-se a este projecto lusófono promovido pela SPA desde 2015 como “um exemplo de sucesso a seguir” e o diretor-geral da CISAC, Oron Gadi, assinalou a “excelência dos resultados já alcançados”, apreciação igualmente mencionada pelo director-regional para África, Ballamina Ouattara. Todos estes responsáveis reiteraram o apoio da CISAC a este projecto.
Nos dias 20 e 21 decorreu a reunião geral do Comité Africano, tendo a SPA sido convidada a estar presente na mesa da cerimónia oficial de abertura do Comité, como reconhecimento pelo papel que a cooperativa tem desenvolvido em termos gerais na defesa do direito de autor e da Cultura e em especial no universo lusófono.
A directora-geral da SPA efectuou no dia 21, uma apresentação sobre a estratégia e os principais projectos da cooperativa, designadamente o projecto lusófono e a pós-graduação “Gestão colectiva e direitos de autor na Lusofonia”, a realizar em parceria com a Universidade de Lisboa-ISCSP. Este curso, que se prevê evoluir para mestrado, mereceu uma menção especial por parte do director-geral da CISAC, o caloroso aplauso da generalidade dos participantes no Comité Africano e a SPA foi instada a promover uma edição em inglês e/ou em francês de modo a permitir a inscrição das sociedades que não utilizam nem compreendem a língua portuguesa.
A representante da SPA teve igualmente oportunidade de se reunir, entre outros dirigentes, com o representante da UNAC-SA, sociedade de autores angolana com a qual a cooperativa assinou um contrato de prestação de serviços o ano passado, tendo tratado de diversos aspectos com vista a assegurar a prossecução desta importante parceria.
Ao longo destes três dias de trabalho ficou bem patente a importância de que o projecto lusófono pela cooperativa se reveste para a CISAC. Uma das evidências é o facto do director-geral da CISAC, Gadi Oron, ter informado que o estudo “Cultural times: the first global map of cultural and creative industries“, promovido por aquela organização em conjunto com a UNESCO, editado nas línguas inglesa, francês e castelhana, ir agora ser igualmente editado na língua portuguesa.
A directora-geral da SPA, presente neste evento em nome do presidente da SPA e presidente do Comité Europeu, José Jorge Letria, também reuniu com Gadi Oron sobre o projecto lusófono tendo o director-geral da CISAC manifestado a disponibilidade daquela organização para apoiar, em termos materiais, uma proposta de acção com projectos concretos no âmbito da Lusofonia que a cooperativa lhe deverá enviar muito brevemente.
Na menção de agradecimentos produzida pelo Comité Africano no final do evento dirigida a entidades oficiais que deram um contributo especial para o evento a SPA foi a única sociedade de autores fora do continente africano a ser mencionada.
O corolário desta participação da SPA no Comité Africano da CISAC foi ter conseguido obter o reconhecimento formal do papel da Lusofonia – em paridade com a francofonia e a anglofonia – graças ao projecto lusófono promovido pela cooperativa.
Lisboa, 22 de Julho de 2016