SPA preocupada com a acção destrutiva dos incêndios e em particular com a dramática situação da Madeira

A SPA manifesta a sua justificada preocupação e solidariedade pelo facto de uma violenta vaga de incêndios estar a destruir muitas dezenas de milhares de hectares em vários concelhos do país, mobilizando o esforço heróico de milhares de bombeiros e de outras estruturas humanas e técnicas ligadas à Protecção Civil. O caso mais trágico está, porém, a ser o do Funchal, um dos centros vitais da vida turística nacional onde muitas centenas de pessoas foram desalojadas das suas residências e dos hotéis que as acolhiam, ficando um grande número de madeirenses com as residências destruídas pelas chamas. Os prejuízos ainda insuficientemente calculados ascendem a mais de 60 milhões de euros.

Lamenta a SPA que o nível de resposta de países-membros da Comissão Europeia (os mesmos que tão exigentes e impacientes foram recentemente com Portugal) tenha sido praticamente irrelevante na hora de pedir solidariedade, excepção feita à Itália e a Marrocos que, não sendo membro da União Europeia, disponibilizou meios para o combate aos incêndios. Também Timor Leste soube, nesta hora difícil, manifestar a sua solidariedade activa.

Tendo a noção da importância da hotelaria e da restauração na vida económica e social da Madeira e do papel que esse vasto sector tem na actividade dos autores e artistas, já tão afectada pela crise dos últimos cinco anos, a SPA vai analisar a situação do Funchal e da Região Autónoma da Madeira, com o apoio da sua delegação local, e procurar soluções e medidas que, sem prejuízo de quem faz da actividade criativa o seu ofício, possam ajudar aqueles sectores a iniciarem um ciclo de recuperação e de resposta firme à adversidade e à tragédia.

Apesar das restrições orçamentais com que se confronta e que são fruto da situação do país, a SPA, que nunca deixou de saber ser solidária nas horas difíceis com quem mais sofre e menos tem, tentará encontrar maneiras de ajudar a mitigar a gravíssima situação que a Região Autónoma enfrenta e que conduzirá também a situações de desemprego, em particular no sector hoteleiro.

Refira-se ainda o esforço de muitos milhares de homens e mulheres que em todo o país se têm mobilizado para evitar que a vaga de incêndios agrave ainda mais a situação de Portugal, demonstrando que nos sabemos unir quando o destino nos desfavorece e abandona.

Lisboa, 12 de Agosto de 2016

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