Bruxelas, 30 de Julho de 2025
Representando uma vasta coligação de autores, artistas, editores, produtores e outras organizações de titulares de direitos de autor europeias e globais, gostaríamos de expressar formalmente a nossa insatisfação com o Código de Conduta e as Directrizes para os provedores de IA generativa e o Modelo para a divulgação de um resumo suficientemente detalhado dos dados de formação, nos termos do artigo 53.º da Lei da IA da UE.

Apesar do extenso envolvimento de boa-fé e altamente detalhado das comunidades de titulares de direitos ao longo deste processo, os resultados finais não abordam as principais preocupações que os nossos sectores – e os milhões de criadores e empresas activos que representamos na Europa – têm consistentemente suscitado.

O resultado não é um compromisso equilibrado; é uma oportunidade perdida de proporcionar uma protecção significativa dos direitos de propriedade intelectual no contexto da IA generativa e não cumpre a promessa da própria Lei da IA da UE.

Recordamos à Comissão Europeia que o Artigo 53(1)(c) e (d) da Lei da UE sobre IA e disposições relacionadas foram especificamente concebidos para “facilitar aos titulares de direitos de autor e direitos conexos o exercício e a execução dos seus direitos ao abrigo da legislação da União (Europeia)” em resposta à utilização sem licença contínua e generalizada, por parte dos fornecedores de modelos GenAI, das suas obras e de outros conteúdos protegidos, em desrespeito pelas regras da UE. No entanto, o feedback dos principais beneficiários que estas disposições deveriam proteger tem sido amplamente ignorado, em violação dos objetivos da Lei da UE sobre IA, conforme determinados pelos co-legisladores e em benefício exclusivo dos fornecedores de modelos de IA generativa, que violam continuamente os direitos de autor e os direitos conexos para construir os seus modelos.

Em 2024, os sectores culturais e criativos de toda a Europa acolheram os princípios de uma IA responsável e fiável consagrados na Lei da IA da UE, com o objetivo de garantir um crescimento mutuamente benéfico da inovação e da criatividade na Europa. Hoje, com o pacote de implementação da Lei da IA da UE na sua forma actual, os sectores culturais e criativos prósperos e as indústrias focadas em direitos de autor na Europa, que contribuem com quase 7% do PIB da UE, empregam quase 17 milhões de profissionais e têm uma contribuição económica superior à das indústrias farmacêutica, automóvel ou de alta tecnologia europeias, estão a ser vendidos em favor destes fornecedores de modelos de IA generativa.

A implementação de modelos IA generativa e de sistemas de produção de conteúdos que também fazem uso extensivo de scraping já está em curso. Os danos e a concorrência desleal com os sectores culturais e criativos podem ser vistos todos os dias. Os sectores culturais e criativos devem ser salvaguardados, pois são os alicerces das nossas culturas e do Mercado Único.

Gostaríamos de deixar claro que o resultado destes processos não garante uma implementação significativa das obrigações da IA generativa ao abrigo da Lei da IA. Rejeitamos veementemente qualquer alegação de que o Código de Práticas alcance um equilíbrio justo e viável ou que o Modelo proporcionará transparência “suficiente” sobre a maioria das obras protegidas por direitos de autor ou outros materiais utilizados para treinar os modelos de IA generativa. Isto é totalmente falso e representa uma traição aos objectivos da Lei da IA da UE.

Apelamos à Comissão Europeia para que reveja o pacote de implementação e aplique o artigo 53.º de forma significativa, assegurando que a Lei da IA da UE cumpre a sua promessa de salvaguardar os direitos de propriedade intelectual europeus na era da IA generativa.

Apelamos também ao Parlamento Europeu e aos Estados-Membros, enquanto co-legisladores, para que contestem o processo insatisfatório deste exercício, que enfraquecerá ainda mais a situação dos sectores criativo e cultural em toda a Europa e não fará nada para combater as violações contínuas das leis da UE.

É já amanhã, 15 de Julho de 2025, que serão revelados os nomeados para o Prémio Autores 2025!

Acompanhem tudo aqui no nosso site e nas redes sociais.

Lisboa, 14 de Julho de 2025

Conheça aqui todos os Nomeados do Prémio Autores 2025.

NOMEADOS

LITERATURA

MELHOR LIVRO DE FICÇÃO NARRATIVA

“INVENTOR DE ESQUECIMENTOS” de António Canteiro | Gradiva

“AUTOBIOGRAFIA NÃO ESCRITA DE MARTHA FREUD” de Teolinda Gersão | Porto Editora

“O ESCORPIÃO” de José Viale Moutinho | Editora Exclamação

MELHOR LIVRO DE POESIA

“NA MORTE DE ERATO” de António Manuel Pires Cabral | Tinta-da-China

“A FLOR CADÁVER E OUTROS POEMAS” de Jorge Sousa Braga | Assírio e Alvim

“E O CORAÇÃO DE SOSLAIO A TODO O CUSTO” de Maria Brás Ferreira | Officium Lectonis

MELHOR LIVRO PARA INFÂNCIA E JUVENTUDE

“DITA DOR”
TEXTO E ILUSTRAÇÃO: António Jorge Gonçalves
EDITORA: Ed. Assembleia da República

“COMO É QUE OS NOSSOS AMIGOS FICAM NOSSOS AMIGOS? – TEORIA UNIVERSAL DA AMIZADE”
TEXTO: Nuno Artur Silva
ILUSTRAÇÃO E PROJECTO GRÁFICO: João Fazenda
EDITORA: Bertrand Editora

“SÍLVIO, HERDEIRO DO CRAVO”
TEXTO: Francisco Duarte Mangas
ILUSTRAÇÃO: Ana Biscaia
EDITORA: Editora Caminho das Palavras


MELHOR ESPECTÁCULO

“UM ELÉTRICO CHAMADO DESEJO”
Encenação: Bruno Bravo

“A COLÓNIA”
Encenação: Marco Martins

“A ÚLTIMA PRISÃO”
Encenação: Rodrigo Aleixo

MELHOR ACTRIZ

SARA BARRADAS em “Se acreditares muito”

KHRYSTALL ÁFRICA em “O rapto da Rainha Vitória”

SANDRA FALEIRO em “Um elétrico chamado desejo”

MELHOR ACTOR

NUNO NUNES em “Um elétrico chamado desejo”

CRISTÓVÃO CAMPOS em “Monóculo, Retrato de S. Von Harden”

JOÃO VICENTE em “A última prisão”

MELHOR TEXTO PORTUGUÊS REPRESENTADO

“DE PASSAGEM” de Luísa Costa Gomes

“CORDEIROS DE DEUS OU SOLDADOS DA ESPERANÇA” de Elmano Sancho

“A ÚLTIMA PRISÃO” de Francisco Quintas


MELHOR TEMA DE MÚSICA POPULAR

“ROUPA VELHA” de Bia Maria

“ONLY LIGHT” de Ray

“OUT OF TIME” de Best Youth

MELHOR TRABALHO DE MÚSICA ERUDITA

“TALKIN(G) (A)BOUT MY GENERATION” de Pedro Lima Soares

“CITY OF GLASS” de Daniel Bernardes

“SETE RETRATOS A BRANCO E PRETO” de Nuno da Rocha

MELHOR TRABALHO DE MÚSICA POPULAR

“SUSPIRO” de Maria Reis

“VOU FICAR NESTE QUADRADO” de Ana Lua Caiano

“PRATA” de Maquina.


MELHOR PROGRAMA DE RÁDIO

“JOSÉ CANDEIAS” de José Candeias | Antena 1

“POP UP” de Tiago Pereira, Maria Ramos Silva, Bruno Vieira Amaral e Pedro Boucherie Mendes | Rádio Observador

“O ESTADO DO SÍTIO” de Ricardo Alexandre| TSF


MELHOR ARGUMENTO

“O MELHOR DOS MUNDOS” de Rita Nunes e João Cândido Zacharias

“O TEU ROSTO SERÁ O ÚLTIMO” de Luís Filipe Rocha

“OS PAPEIS DO INGLÊS” de José Eduardo Agualusa

MELHOR FILME

“O TEU ROSTO SERÁ O ÚLTIMO” de Luís Filipe Rocha

“VERDADE OU CONSEQUÊNCIA?” de Sofia Marques

“OS PAPEIS DO INGLÊS” de Sérgio Graciano

MELHOR ACTRIZ

SANDRA FALEIRO em “Estamos no ar”

SARA BARROS LEITÃO em “O melhor dos mundos”

RITA DURÃO em “O teu rosto será o último”

MELHOR ACTOR

JOÃO PEDRO VAZ em “Os papeis do inglês”

ALBANO JERÓNIMO em “O pior homem de Londres”

VÍTOR RORIZ em “O bêbado”


MELHOR PROGRAMA DE INFORMAÇÃO

“A CONSPIRAÇÃO” RTP1
Autoria Jornalística: António-Pedro Vasconcelos

“O PLANETA VIVO” RTP 2
Ideia Original e Autoria: Gertrudes Marçal

“FALAR GLOBAL” CMTV
Autoria Jornalística: CMTV

MELHOR PROGRAMA DE FICÇÃO

“MATILHA” RTP 1
Autoria: Edgar Medina
Realização: João Maia

“IRREVERSÍVEL” RTP 1
Autoria: Bruno Gascon
Realização: Bruno Gascon

“O CLUBE” SIC / OPTO
Autoria: João Lacerda Matos
Realização: Patrícia Sequeira e Simão Cayatte

MELHOR PROGRAMA DE ENTRETENIMENTO

“ISTO É GOZAR COM QUEM TRABALHA” SIC
Autoria: Ricardo Araújo Pereira, José Diogo Quintela, Miguel Góis, Cláudio Almeida, Manuel Cardoso, Cátia Domingues, Guilherme Fonseca e Joana Marques
Realização: Teotónio Bernardo

“JÚLIA” SIC
Autoria: Direção de Programas (Daniel Oliveira)
Realização: Henrique Torres Pereira

“5 PARA A MEIA NOITE” RTP1
Direção Criativa e de Projecto: Cecília Ornelas de Mendonça
Realização: João Gandarez


MELHOR EXPOSIÇÃO DE ARTES PLÁSTICAS

“SHINING INDIFERENCE” de Luísa Jacinto | MAAT

“AMO-TE” de Francisco Tropa | Museu de Serralves

“RETROSPECTIVA 1975/1983” de Júlia Ventura | Culturgest

MELHOR TRABALHO DE FOTOGRAFIA

“INTIMIDADE” de Luísa Ferreira | Casa da Avenida – Setúbal

“LISBOA FRÁGIL” de Luís Pavão | Museu da Cidade – Palácio Pimenta – Lisboa

“FACTUM” de Eduardo Gageiro | Cordoaria Nacional

MELHOR TRABALHO CENOGRÁFICO

“MONÓCULO, RETRATO DE S. VON HARDEN” de Marisa Fernandes

“NÃO VOS ARRANCAREI A LÍNGUA” de Stéphane Alberto

“A ÚLTIMA PRISÃO” de Fernando Alvarez


MELHOR COREOGRAFIA

“A PEDRA, A MÁGOA” de Daniel Matos

“MUSSEQUE” de Fábio “Krayze” Januário

“ONYX” de Piny

MELHOR BAILARINO/A

INÊS CAMPOS em “Fio^” de Inês Campos

ELIZABETE FRANCISCA em “COSMOGONIAS, Eles não nos poderão matar o espírito.” de Elizabete Francisca

FRANCISCO ROLO em “Cabeça-Coração” de Bruno Alexandre

OS VENCEDORES SERÃO ANUNCIADOS NO
DIA 12 DE SETEMBRO DE 2025,
AQUI NO NOSSO SITE, NAS NOSSAS REDES SOCIAIS E NA IMPRENSA.

LITERATURA
Annabela Rita
Rita Pimenta
Teresa Carvalho
RÁDIO
António Sala
Henrique Amaro
João David Nunes
ARTES VISUAIS
Alexandre Almeida
Gonçalo Pratas
José Manuel Castanheira
TEATRO
Ana Maria Ribeiro
Helena Simões
Fernando Dacosta
CINEMA
Inês Lourenço
Jorge Leitão Ramos
Rui Tendinha
DANÇA
Cláudia Galhós
Maria João Guardão
Pedro Mendes
MÚSICA
Eurico Carrapatoso
Miguel Ângelo
Paulo Furtado
TELEVISÃO
Isabel Medina
Jorge Paixão da Costa
Paulo Sérgio dos Santos

Lisboa, 15 de Julho de 2025

O programa «AUTORES» está de regresso, na TVI, com uma nova série dedicada à criação artística e aos seus protagonistas. Com apresentação de Carlos Mendes e Mafalda Veiga, esta temporada traz novas conversas com autores portugueses das mais diversas áreas culturais.

A não perder, todas as terças-feiras, às 01h50, na TVI.

Lisboa, 8 de Julho de 2025

A cerimónia teve lugar ontem, 3 de Julho, no Auditório Maestro Frederico de Freitas, e contou com a presença de Carlos Rodrigues (Diretor-Geral Editorial do CM, CMTV e revista Sábado), José Jorge Letria (Presidente da SPA) e João Gobern.


A Sociedade Portuguesa de Autores e a CM TV criaram, com periodicidade anual, o Prémio Língua Mãe, a ser atribuído a um artista que se tenha destacado no domínio da lusofonia pela qualidade e importância da sua obra.


Tozé Brito junta-se assim a um grupo de notáveis autores já premiados:
Paulo de Carvalho (2021)
Fernando Tordo (2022)
Jorge Palma (2023)
Sérgio Godinho (2024)

Lisboa, 4 de Julho de 2025

A Sociedade Portuguesa de Autores tem a honra de convidar V.Exa. para a cerimónia de entrega do Prémio “Língua Mãe” 2025 e do Prémio de Teatro Carlos Avilez 2025, que terá lugar no próximo dia 3 de Julho, pelas 17h00, no Auditório Maestro Frederico de Freitas, situado na Av. Duque de Loulé, n.º 31, em Lisboa.

Lisboa, 26 de Junho de 2025

A Sociedade Portuguesa de Autores distinguiu António José Teixeira com a Medalha de Honra da Cooperativa, numa cerimónia realizada no dia 3 de Julho, no Auditório Maestro Frederico de Freitas, em Lisboa. A medalha foi entregue por José Jorge Letria, Presidente da SPA, como reconhecimento pelo seu percurso notável no jornalismo e pelo contributo para a defesa dos valores da liberdade em Portugal.

Lisboa, 4 de Julho de 2025

A Gala do centenário da Sociedade Portuguesa de Autores será transmitida no canal 1 da RTP, no próximo dia 29 de Julho, pelas 22:30.

Este espectáculo que celebrou os 100 anos da SPA teve lugar no CCB no passado dia 29 de Maio e, sob o título “Glória”, pretendeu homenagear 10 décadas de cultura nas suas diversas expressões criativas.

Com direcção e concepção artística de Renato Júnior e Tiago Torres da Silva, direcção técnico-artística de Jasmim Teixeira, direcção musical de Hélder Godinho e coreografia de Filipa Peraltinha, contou com uma orquestra em palco, bem como com dezenas de artistas (bailarinos, actores, músicos, intérpretes).

O cenário criado por Catarina Amaro recebeu um espectáculo onde o jogo da glória nos ofereceu música, poesia, teatro, dança, numa celebração do trabalho dos autores.

Baltasar Marçal, Camané, Carlão, Expresso Transatlântico, João Sá Nogueira, Jorge Palma, Luísa Sobral, Marisa Liz, Milhanas, Pedro Abrunhosa, Rita Redshoes, Salvador Néry, Sara Paixão, Soraia Tavares, The Legendary Tigerman e Zé Maria foram alguns dos protagonistas deste espectáculo memorável que terminou com uma homenagem a Renato Júnior.

No próximo dia 29 de Julho será, assim, possível ver a versão televisiva deste momento único que assinala um século de existência da casa dos autores portugueses.

Lisboa, 23 de Junho de 2025

A Sociedade Portuguesa de Autores informa que os serviços estarão encerrados nos dias 19 e 20 de Junho (Quinta-feira e Sexta-feira).

Retomaremos o nosso funcionamento no dia 23 de Junho (Segunda-feira), das 08h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h00.

Pedimos desculpa por qualquer inconveniente que esta situação possa causar.

Lisboa, 17 de Junho de 2025

A Sociedade Portuguesa de Autores manifesta o seu pesar pela morte da professora universitária e escritora Teresa Rita Lopes, grande especialista na obra de Fernando Pessoa e cooperadora da SPA desde julho de 1999.

Nascida em Faro em 12 de setembro de 1937, Teresa Rita Lopes licenciou-se em Filologia Românica, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo chegado a ser docente no liceu de Oeiras.

Envolvida politicamente na luta contra a ditadura, partiu para Paris, onde se doutorou com uma tese sobre Fernando Pessoa, que se tornaria figura central de investigação na sua longa carreira como docente e investigadora.

Foi, desde 1979, professora catedrática de Literaturas Comparadas na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Deixou uma vasta obra publicada nas áreas da poesia, do ensaio e do teatro, com destaque para “Os Dedos, os Dias, as Palavras”, distinguido com o Prémio Cidade de Lisboa, em 1987. Recebeu também o Prémio do PEN Clube Português de Ensaio, em 1991 e o Grande Prémio de Teatro da APE-Ministério da Cultura em 2001.

A SPA testemunha o seu pesar por esta perda à família de Teresa Rita Lopes, assegurando que tudo fará para sublinhar a importância da sua obra e para recordar os livros que nasceram da sua intensa criatividade como autora.

Lisboa, 16 de Junho de 2025