SPA manifesta profundo pesar pela morte do poeta António Ramos Rosa

É com profundo pesar que a Direcção e o Conselho de Administração da SPA comunicam o falecimento do poeta António Ramos Rosa, associado da cooperativa desde Junho de 1977 e cooperador desde Outubro de 2010 e um dos maiores nomes de sempre da poesia portuguesa.

Nascido em 17 de Outubro de 1924 em Faro, António Ramos Rosa realizou os estudos secundários na sua cidade natal, tendo publicado, em 1958, o seu livro de estreia-“O Grito Claro”-, título inaugural da colecção “A Palavra”, editada em Faro e dirigida pelo poeta Casimiro de Brito.

Ainda nesse ano iniciou a publicação da revista “Cadernos do Meio-Dia”, proibida dois anos mais tarde pela PIDE.

António Ramos Rosa foi membro do MUD Juvenil. A sua vasta obra poética e ensaística foi distinguida com importantes prémios nacionais e internacionais, com destaque, em Portugal, para o Prémio Pessoa, 1988, Grande Prémio de Poesia da APE, 1989, e Prémio Sophia de Mello Breyner, 2005.

O poeta, que faleceu hoje, dia 23, num hospital de Lisboa, deu nome à Biblioteca Municipal de Faro, sua cidade natal. Assinale-se a coincidência de António Ramos Rosa ter falecido na mesma data em que morreu o poeta chileno Pablo Neruda, 40 anos após a morte do autor de “Vinte Poemas de Amor e uma Canção Desesperada”, a 23 de Setembro de 1973.

A SPA propôs três vezes o nome de António Ramos Rosa para Prémio Nobel da Literatura, prerrogativa que faz parte das suas competências institucionais.

A obra de Ramos Rosa está traduzida em várias línguas. A mais recente edição estrangeira foi “La Herida Intacta”, das Ediciones Sequitur, de 2009. Da sua obra ensaística destacam-se títulos como “Poesia, Liberdade Livre”.

O poeta e ensaísta, com dezenas de colectâneas poéticas publicadas, deixou colaboração dispersa, durante décadas, pelas mais importantes revistas literárias portuguesas, tendo sido fundador de algumas delas.

A SPA testemunha o seu pesar e solidariedade à família de António Ramos Rosa, em particular à sua viúva, a poetisa Agripina Costa Marques, e à filha do poeta cujo falecimento enluta a literatura portuguesa.

Lisboa, 23 Setembro de 2013

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