SPA solidária com a Cinemateca Portuguesa exige medidas para se ultrapassar a crise

A SPA manifesta a sua preocupação com a dramática situação que enfrenta a Cinemateca Portuguesa, que se encontra em risco de, por falta de condições financeiras, ter de suspender um conjunto significativo de actividades já durante o mês de Setembro.

Entende a SPA que é de todo inadmissível a possibilidade de uma instituição com esta importância para a vida cultural portuguesa ser afectada de uma forma tão evidente e alarmante.

Do ponto de vista da SPA, esta situação verifica-se pelo facto de o Governo, neste caso a Secretaria de Estado da Cultura, não ter previsto atempadamente uma solução para um problema que a falta de verbas deixava iminente, tanto mais que terá sido alertada na altura própria. É lamentável que tal tenha acontecido e é no mínimo exigível que seja encontrada a tempo uma solução que evite o pior dos cenários.

Assim, a SPA, considerando que esta situação reflecte a situação caótica em que o Governo deixou a vida cultural portuguesa, manifesta a sua total solidariedade à Cinemateca Portuguesa, na pessoa da sua Directora, Maria João Seixas, e de todos de quantos trabalham naquela instituição, e reclama da Secretaria de Estado da Cultura medidas urgentes que salvaguardem este património único e insubstituível da cultura portuguesa, tanto a nível artístico como arquivístico. Seria uma vergonha, dentro e fora das nossas fronteiras, a paralisação da Cinemateca Portuguesa, com tudo o que isso representaria de ainda maior do fracasso da intervenção governamental no sector da cultura.

O cinema e tudo o que ele significa não pode ficar, na Cinemateca Portuguesa, à mercê de uma situação de incerteza que tanto nos indigna e aflige.

Lisboa, 30 Agosto de 2013

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