Livrarias reabrem com a violência da crise a agravar as pesadas perdas do sector

A SPA congratula-se que, no quadro do estado de calamidade agora vigente, já seja possível reabrir livrarias com o respeito integral das regras impostas pela Direcção-Geral de Saúde e pelo governo. Nem o valor de 400 mil euros atribuído pelo Ministério da Cultura a este sector que inclui livrarias e editoras deu mais esperança aos profissionais da área.

A reabertura de livrarias em Itália e na Alemanha representou um pequeno mas significativo passo no esforço colectivo de regresso à normalidade possível.

De acordo com a APEL, as livrarias em Portugal registaram uma quebra de 80 % nas suas vendas, com um valor superior a 20 milhões de euros. Venderam-se nestes duros meses de confinamento doméstico menos 134,5 mil livros que no mesmo período de 2019, o que representa uma perda da ordem dos 76 por cento com menos 1,8 milhões de euros facturados.

Apesar da importância económica, cultural e sociológica do mundo do espectáculo, que envolve, palcos e estúdios, o sector da edição não pode ser subalternizado por tudo o que representa para muitos milhares de pessoas e para o público em geral.

A SPA, que também edita, coedita livros e tem muitos escritores integrados no colectivo autoral, manifesta o seu apoio solidário aos editores e aos livreiros e faz votos no sentido de que a reabertura das livrarias, mesmo com as restrições impostas, possa ser um passo para a manutenção dos postos de trabalho e para a continuidade da prática editorial, sem o quase inevitável encerramento de espaços de venda e de chancelas editoriais. Há medidas urgentes a adoptar no sector, e o presidente da SPA também falou delas ao Presidente da República.

Lisboa, 4 de Maio de 2020

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